sábado, 4 de dezembro de 2010

Senti a dança do ventre


Quando eu era mais novinha e fazia ginástica olímpica, a gente fazia umas apresentações estilo jazz e eu era tão tímida, mas tão tímida que não me soltava e acabava sempre ficando na última fila no canto pq dançava maal, era contida...
Até lembro que levei uma bronca na frente de todo mundo falando que eu dançava igual uma morta e fiquei morrendo de vergonha, eu devia ter uns 11 anos...
Mas depois que saí da ginástica, levei comigo a bronca, que ficou guardada e resolvi que eu não queria nunca mais me sentir "humilhada" de novo. E trabalhei isso. Tímida, continuei sendo, sou.
Mas aprendi que o palco é um mundo paralelo, onde você pode ousar e ser o que quiser e mais ainda, um lugar de liberdade.
Aprendi também, por mim mesma, que é melhor errar com um sorriso no rosto do que fazer tudo certo com a cara amarrada.
E participei de algumas apresentações de colégio, teatros, seminários e decidi que eu realmente gostava de me apresentar...

Alguns anos se passaram e eu cheguei na cidade em que moro hoje. Já chegando, passando de carro, bati o olho numa placa que estava escrito "Aulas de Dança do Ventre" e como um momento, fixou em minha mente... e ficou guardado, mas vivo.
Acabei indo lá com a minha cunhada certo dia... Dança do ventre.. nunca tinha pensado nisso, mas é bonito, né? Tem algo de esotérico...
No começo foi meio complicado, era suuuper travada, quadril, peito, barriga... tem que dividir tudo e eu mal conhecia meu corpo...
Mas fomos ficando e aprendendo e entre nossa turma de iniciantes, até que levávamos um jeitinho.
A primeira vez que apresentei, tinha uns 4 meses de dança só, mas arriscamos... foi gostoso... Depois dançamos no shopping e fomos aceitando dançar em todos os lugares, estávamos muito empolgadas com o desenvolvimento dos nossos passos...

E o conhecimento é parte do aprendizado. Antes de começar eu achava que dança do ventre era só aquilo mesmo e ponto.
Mas há tanta história, tanta tradição... Tantos estilos diferentes... Idéias novas, canções antigas, objetos, significados... é preciso anos e anos pra chegar ao quase domínio de tudo que está envolvido.


Não sou boa. Ainda tenho TANTO pra aprender que não dá nem pra listar... mas já sou apaixonada...
Há momentos em que me sinto uma vassoura de tão dura... tem dias que os braços não erguem, o quadril não treme nem com ab-tronic... acontece.

Mas há dias... em que eu acordo... assisto um vídeo, ouço uma música, bordo um figurino... e aquela essência me domina, a batida sobe no corpo, o violino invade cada curva, o som do derbak... vai baixando a dançarina que existe aqui dentro e dá vontade de dançar, de girar... de tremer, suar...
de sorrir.

Hoje não tenho mais vergonha... muito menos, medo de errar... embalo tudo na expressão, uma dançarina que dança com vontade contagia o mundo...
Eu posso não dominar todas as técnicas, não ter um corpo perfeito, braços delicados... mas tenho essa força no meu coração.
Sei transformar a melancolia em movimento e o movimento em vida.

Eu danço!

Pra assistir : "Tudo o que Lola quer" :: Assisti por esses tempos e reacendeu ainda mais... amei o filme! E já começamos nossa próxima criação...

sábado, 23 de outubro de 2010

Me amei de verdade.

Com esse título logo me vem a mente, aquele textinho "Quando Me Amei de Verdade".

Mas vamos à historinha...
Eu sempre tive uma auto-estima péssima quando era adolescente... até uns 14 anos. Pra mim elogio era zuera com a minha cara, sair com as amigas era me humilhar e me olhar no espelho era triste.
Engraçado que nessa idade a maioria das meninas tem esse tipo de problema... Umas se acham gordas, outras, sem peito, nariguda, cabelo ruim... Enfim, é aquela história: ninguém nunca está satisfeito.
Mas a minha irmã, ao contrário de mim, se achava (de verdade) mais bonita que a Gisele Bündchen, e não era esnobe não... era simplesmente, feliz. E acreditem: muitos a achavam realmente mais bonita que a Gisele, porque vinha de dentro. Ela fazia sucesso onde quer que fosse, porque criou brilho próprio ao valorizar-se.
Imaginem como era um tormento pra mim sair ao lado dela, e éramos unha e carne. Mas ela também ficava chateada de eu me subestimar tanto e sempre tentava me ajudar.
Um certo dia ela me deu uma baita bronca, disse que eu já estava ficando chata, pois ninguém podia dizer que meu cabelo estava bonito por exemplo que eu logo soltava algo do tipo:
"Ah, também, depois de passar 3 horas passando creme, pelo menos um pouco aceitável ele tinha que ficar, apesar que tá ruim ainda."
¬¬
Bad, né?
Quando ela meio que me alertou pra essa "chatisse", foi como se eu tivesse me visto falando essas coisas e pensei: "po, alem de feia ainda sou chata pra caramba quando só falo disso" e resolvi parar. de falar, pelo menos né.
Era difícil me controlar, mas eu fui indo. E me cuidando, aprendendo a valorizar os pontos fortes que eu tinha.
Não foi fácil, mas foi como um click. Eu percebi que eu , o tempo inteiro, ficava convencendo as pessoas de que eu era tão feia como eu pensava, aí elas começavam a reparar e acabavam concordando.


Mas o que acontece é que o que você transmite é captado ao seu redor, transmita coisas boas, pontos positivos. Convença as pessoas que você é belo. Brilhe.
O processo de recuperar a auto-estima não foi do nada, levou um tempo. Mas com 16, 17 anos eu já era feliz, já não me procupava com essas coisas, e o mais importante, aprendi a simplesmente agradecer quando alguém me elogia.

Façam isso, mulheres, meninas, homens: Quando alguém te elogia, apenas diga "Obrigada (o)!"

Hoje agradeço e acho até graça de pensar como sou satisfeita e como amo a mim mesma, mesmo com meus problemas e defeitos, pois sei lidar com eles, são meus. E acompanham um pacote de pontos positivos que eu adoro.
Claro que penso que podia ser mais as vezes, e quando penso assim, vou atrás de ser o que tô querendo no momento.

É engraçado, tem dias que não estou tão bem assim, mas aprendi a me gostar tanto que penso: "ah, eu não devo estar feia, só devo estar encanada. rs" e saio, despreocupada.

Até li ontem na Gloss n°37, o primeiro texto da Marisa Orth para a revista - "Beleza Já". Fala sobre isso.
E ela encerra assim:
"...Tento lançar um grito de retroativo de aproveitem-se, amem-se, saibam que estão bem na foto, sim - se você é gordinha, a banha está durinha; se é muito magra, a pele está incrível; se o cabelo é crespo, ele brilha a beça. "


VALORIZEM-SE!

domingo, 10 de outubro de 2010

Tirei carta!

(bom, a primeira e espero que única né? rs)
Ah, estou tão feliz que precisava passar isso de alguma maneira por aqui... não deixa de ser uma primeira vez né? Afinal, nunca fui habilitada antes ;)
Pra falar a verdade, ainda falta o documento em si chegar... mas eu já passei em tudo o que tinha que passar rs!
E que trampo! desde maio estou correndo atrás disso, quando finalmente arrumei dinheiro pra pagar, aliás, que isso é uma conquista também, pois já tenho 21 anos e nunca tive ninguém que pudesse ter pagado pra mim, por isso acabei esperando, já que a maioria tira logo que faz 18...

Comecei lá atrás... nas aulas teóricas... depois dos exames. As aulas eram em um lugar horrível e nossa, sem querer ser fútil.. haha mas uma gente feeeia... feia de tudo (Ô maldade...), perdi aulas do curso, não tinha nada pra fazer... eram 4 horas de muitooo tédio.
Mas veja como é o destino... em meio a isso conheci 2 amigos tão bacanas...
A Jeh nossa... que sintonia maravilhosa, que pessoa linda... valeu muito a pena tê-la conhecido. Sou grata ao universo quando penso nas pessoas lindas que ele manda para o meu caminho!
(aliás, preciso contar pra ela que passei... e desejar sorte pq ela ainda está fazendo)

E depois disso acabei fazendo a prova teórica junto com a Thaisa (a menina lá do post anterior)... ridícula a prova né gente, quem já fez sabe! rs
E aí demorou... demorou um tempão pra começar, e fui começar logo de moto. Eu, que nem andar de bicicleta direito sei...
Meu instrutor super simples... bonzinho... mal sabia quão chata eu era... Haha... ele disse:
- Querida, você vai ter que andar de bicicleta, pq vc não tem equilíbrio nenhum...

Andei nada! E deu certo.. derrubei um monte de cone, chorei nas últimas aulas pq comecei a

errar tudo..
derrubei a moto, entortei a embreagem... enlouqueci deus e o mundo a semana inteira do meu exame... ninguém queria me ver nem pintada de ouro e prata.
E no dia mesmo... acordei ruim, passei mal de nervoso, surtei... mas quando cheguei no local... acalmei, embora ainda tremesse muito... e aquela respiração ofegante dentro do capacete que embaça tudo... nossa!

E dei a largada... oitinho perfeito, rampa quaaase que não vai - mas foi; oitão: terror - quando fui colocar a segunda, não foi, ficou no neutro, segundos de pânico... acelerei e sei lá como, deu certo; passei pelas balizas e... passei! Chorei de felicidade... de verdade! rs

E esperei um tempão pra comçar as de carro, achei que teria mais facilidade do que com a moto. E comecei, graças a deus com o mesmo instrutor (coitado) e praticamente o obriguei a ficar comigo até o fim... Ele não dava aula pra + ninguém de carro, só pra madame aqui...
Foi tudo em paz, peguei chuva, sol de rachar, tempestade... tudo. e chegou o dia do exame.
Tava morrendo de medo, mas menos nervosa... no dia anterior estava bem ansiosa, mas surpreendi comigo mesma que acordei sexta-feira calma, tranquila e fui... as 8 e meia entrei no carro, fiz as balizas certinho :)

Aí o medo né... pq todo mundo fala que os examinadores são super grosseiros e desumanos... então a gente fica apavorada... Aí logo que parei o carro pra esperar o meu bati o olho num cara grandão, careca e barbudo. Pensei: quero esse.
E o universo me ajudou mais uma vez, pq foi exatamente ele que entrou no meu carro e simpático disse :

- Bom Dia! - e eu sorri. Ele pegou minha ficha e leu o nome do meu pai em voz alta. - Ernst? - Falou certinho... - É alemão?
- Sim :) nossa, vc é uma das primeiras pessoas que pronuncia certo...
- Ah, é que minha mulher se chama "G................................." - (nome super complicado) - Du sprecht deutsche?

Respondi que infelizmente não e aí ele ficou trocando maior idéia comigo sobre coisas relacionadas hehe.
Logo na saída ele perguntou: "Você tá tranquila ou tá nervosa?", respondi que estava tranquila, na medida do possível, pois havia feito tudo certinho nas aulas e ele disse pra eu não me preocupar , pois só me reprovaria com uma falta grave e eu não ia cometer.
E tudo deu certo, parei num pare apagado, mas deu tudo certo.

No final ele disse que só deu uma volta no quarteirão porque respondi lá no começo que estava tranquila, se eu dissesse que estava nervosa ia dar mais uma...

E estacionei.
- Tá aprovada viu?
- Ai, brigada !
- ...Brigada não... Dank!

- rs, Dank!

E saí, toda feliz e saltitante.

Eu dei conta! (em todos os sentidos)
Dank!

domingo, 26 de setembro de 2010

Dei Aula


Foi recentemente, em julho (puxa, já se vão 2 meses e parece que foi ontem... tempo, tempo... você me assusta sempre). Aplicamos um treinamento de 44 horas para os novos contratados lá do trabalho.
Confesso que depois dessa experiência, comecei a ter mais respeito pelos professores e instrutores em geral. É preciso muita cara de pau, segurança, humildade, conhecimento, e nossa! milhões de coisas!
Tratar qualquer assunto que envolva o ser humano é complexo.
Uma sala com 25 alunos, de idades, histórias, classes sociais, gêneros, dificuldades, personalidades diferentes. E você tem que transmitir de todas as formas possíveis o conteúdo. E eles precisam aprender.
Éramos uma dupla, eu e Thaisa. E não poderia ter tido uma companheira melhor. Criamos uma cumplicidade de olhar, de expressão. Onde uma acudia a outra quando era preciso.
Ela, fofa, meiga, um "docinho". Eu, oposto - general total. E por aí se media nosso equilíbrio. Parece até destino...



Tem que chamar atenção, sem ser grossa. Explicar mais uma quinta vez, sem ser impaciente. Admitir que não sabe, quando deveria estar ali.
Tem os que ajudam; os que atrapalham; os atrasados; os entediados porque sabem tudo; os que acham que sabem tudo e não sabem bulhufas... enfim.

E no começo, tudo foi tranquilo... lá pela quarta-feira, o surto. "não vai dar tempo"-"eles não estão conseguindo"-"nós não estamos conseguindo"-"meu deus!!!", em meio a intervalos de chá mate e bolachas murchas e muita, MUITA água. E a troca de idéias, e a mão amiga que falava "calma, agora vai."

E foi.

Slides, lousa, dinâmicas, perguntas, leituras monótonas, exercícios.

Foi maravilhoso, foi uma sensação de missão cumprida.
Ver as notas finais, ver a evolução da nossa avózinha da sala, com cheiro de talco.
Receber um obrigado ao final. Um obrigado oferecido com vontade, e não por simples educação.
Receber um presente, receber, depois de doar e se sentir também presenteado.
Um abraço, uma oração, um lápis enfeitado, uma caixinha de música.
Segura a lágrima...

Uma semana - que marcou. Uma situação simples, corriqueira de muitas profissões - mas que nos ensinou tanto.

E ela ficou mais firme. Eu, mais doce.
Ambas, mais tolerantes e mais amigas.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Fiz Cookies de Ovomaltine =)

Fiz hoje. Uhmm...
Olha... Eu nunca fui de cozinhar, passo longe de um fogão, conheço todas as marmitarias da cidade, sabe? Sou fã de pizza, McDonald's e miojo... Típico .
Mas assim, de vez em quando (ou em nunca, talvez) eu gosto de procurar receitinhas de doces na net pra fazer.
Fazer doces é meio terapêutico, não sei... Você se sente útil e quem comer e gostar sempre vai dizer "nossa, que gostoso". Você vai adoçar a vida de alguém... E se não for de ninguém, a sua mesmo, oras!
E sempre que faço, normalmente é quando estou sozinha em casa, a tarde - posso sentir o cheiro dessa situação. É, ela tem um cheiro próprio... até os tons das cores do dia ficam com uma aparência diferente. E é um momento só meu... eu penso, eu sento, eu fico lembrando...
E fazer biscoitos... eu adoro. O cheirinho de forno, eles saindo quentinhos. Ah, vai.. biscoito caseiro é muuuito + gostoso. Sempre que assisto filmes e seriados americanos fico morrendo de vontade...
Quando assisto Friends então... e a Monica faz biscoitos... haha, ainda vou fazer aqueles biscoitões da Monica... rs!

Enfim, os cookies ficaram uma delícia e prontos em menos de meia hora... muito práticos, facinho de fazer e muito gostosos! ADOREI!
A receita? Roubei lá no site do Ovomaltine mesmo =)

Agora com licença, que vou terminar de devorá-los... nham!

Beijinhos :*

sábado, 5 de junho de 2010

mudei de colégio.



Quando eu tinha uns 3 anos, minha mãe me colocou na escolinha. Chamava Convivência. Mas não fiquei muito tempo por lá e logo com 4 anos, entre no Jardim 2 no Colégio Emilie de Villeneuve. Teoricamente seria essa a minha primeira experiência mas como não me lembro dela, devo passar para a segunda vez que mudei de colégio, que na prática, é como se tivesse sido a primeira. E não me critiquem por estar sendo contraditória, já que as sensações que senti que resumem as minhas experiências. E definitivamente, mudar de escola aos 4 anos não foi nada marcante.Mas aos 14... foi bem difícil.
Pois bem.
É isso aí. Foram 10 anos na mesma escola. Dez anos em que vi alunos novos chegarem e antigos saírem. Dez anos em que andei e desvendei cada pedacinho daquele lugar, de forma que até ontem mesmo, sonhei com ele.E sempre passei muito tempo lá... Eu nunca fiz período integral, não... Simplesmente chegava lá muito cedo e ia embora muito tarde, na liberdade de explorar... E eu tinha meus companheirinhos de sáfari. A primeira, me lembro, foi a Mariana... A gente estudava a tarde e fazia ginástica de manhã, mas chegava + cedo ainda só pra poder ir escondido num caminhozinho que tinha por trás do mato. A gente dava comida pros gatinhos que nasciam por lá... E depois da aula, que acabava as 17:30, ficávamos até umas 8h da noite brincando pelos lugares que eram "proibidos"... Afinal, a escola era cheia de regras, cheia de inspetores... A Rita, meu Deusss, como eu queria que ela explodisse... rs.. ela estava sempre embaçando minhas explorações e brincadeiras! Lembro que ela ficava ali na porta do pátio de olho pra que a gente não fugisse e descesse lá pro mato... Mas a gente ficava de butuca e com cautela esperávamos até que ela deslizasse um pouco o olhar pro outro lado e saíamos correndo lá pra baixo, e tinha que passar pelo outro inspetor, depois pelo guardinha e finalmente pelas professoras da pré-escola, esperávamos elas irem embora e brincávamos no parquinho.
Afinal, até hoje não entendo: depois dos 7 anos já não temos o direito de escorregar? de balançar? de entrar nas casinhas? poxa, continuamos crianças e eu não me conformava de ser proibida de brincar, de cuidar dos bichinhos...
Enfim, embora isso tenha sido muito marcante pra mim, se eu começar a descrever meus 10 anos de vivência lá, imagina o tamanho que isso vai ficar.

O que aconteceu foi o seguinte: Faço parte da nova classe social que veio surgindo de uns tempos pra cá, os Neo-pobres.
E isso foi crucial, porque já tinha uns 12 anos quando isso começou a acontecer, mas minha família foi tentando levar, tentando dar jeito... A verdade é que mudei de escola por falta de grana, porque tava devendo... E isso foi complicado.
Essa escola era de um nível + alto e a maioria das pessoas, principalmente com 12, 13 anos era extremamente materialista, sem nem se dar conta disso... tanta patricinha e eu.. eu me encaixava ali, eu não tinha mesmo muita noção de valores humanos... era bem mais preocupada em ter os tênis que estavam na moda... entende?
Então, sair de lá, por falta de dinheiro... foi um baque grande, até porque eu não tinha noção desse valor e tive períodos difíceis de aceitação. Era minha vida inteira sendo deixada pra trás, implicava em deixar meus amigos, minha rotina, a ginástica, os professores, o meu segundo lar, onde eu passei minha infância inteira.
E já em 2004, uma semana antes das aulas começarem, eu fui matriculada em outro colégio, perto de casa... o Anhembi Morumbi. Era tão pequenino, verde, com poucas salas, poucos funcionários... foi um susto e eu cheguei ali torcendo o nariz... Lembro que reparei nas meias das meninas! imagine... como elas usavam AQUELAS meias...??
E tinha a menina que se achava estilosa, o escandaloso que se achava descolado, a menina que achava que era hippie, a nerd que me detestava...
E o tempo passou... e eu me despi de todo aquele materialismo ridículo que tinha no meu coração frio e comecei a dar valor a cada pequena conquista, não me importava estar na moda, mas sim, ter estilo e estar vestida. Não me importava conversar com quem era top, mas com quem era amigo...
E logo conheci a menina + confiável, estilosa, que eu tive a maior sintonia do mundo. O garoto que me fazia penteados e que nunca esteve do meu lado sem eu estar sorrindo. Aquele doce de menina que cantava comigo e lembrava a Phoebe. A menina inteligente que passou 8 horas seguidas conversando comigo até perder a voz...
Pessoas que hoje estão longe fisicamente de mim, mas que me fazem tanta falta. As pessoas mais simples e alegres e companheiras que eu conheci...
Foi na formatura deles, no 3° colegial que eu fui e me emocionei, embora já tivesse saído de lá.

E essa foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida...
Mudar de colégio.

sábado, 29 de maio de 2010

ganhei uma promoção de um blog ;D

De Heart

Olha, eu só me inscrevo nas promoções que me interessam, não vou me inscrevendo em qualquer porcaria, não! rs
E essa era uma fofura, olha só! =)
Veio lá do blog da Li , do Uso Make Up, que tb é uma fofa.
E não é que eu ganhei? E como prometido, resolvi postar hoje sobre isso.
Só que ainda não tive coragem de usar porque é muito gracinha, né?
Aliás, pena que foto não tem cheiro. Deixei a caixinha no meu criado-mudo, ao lado da cama e acordo sentindo um perfume bom de bebê com avelã.
No kit veio um espelhinho, a caixinha, uma esponja, um sabonete líquido e um em forma de boca.
Chegou rapidinho e bonitinho ;D

Agora, o próximo objetivo é fazer um sorteio nesse blog aqui... Afinal, é tão gostoso presentear alguém né? E o sorteio traz bastante gente de todo lugar pra gente conhecer \o/
Aguardem... :)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

postei um selinho nesse Blog ;D

Selinho vindo da Li do UsoMakeUp
Já que é a primeira vez que me indicam com esse blog, vale a pena colocar ;D
A regrinha é dizer três coisas que você fazia com as amigas na infância e indicar o selo para + 5 amigs blogueiros :)
Vamos lá:

1) Eu e a Jade colocávamos um lençol em volta de nós 2 e deixávamos só a cabeça de fora. Aí a gente brincava de ser gêmeas siâmesas. Quem lembra da Brittany e Abigail ??? rs

2) A gente tb fuçava o baú de roupas limpas e se vestia de vários personagens que a gente inventava e fingíamos pra nossa irmãzinha menor que éramos de outros planetas e países... haha (ela acreditava)

3) E a tradicional SOPINHA DE PLANTAS... íamos no jardim de inverno com um potinho e picava tudo que era planta, mato, flor e metia dentro d'água... (alergias rolaram soltasss rs)

é isso aí, que saudades da infância!!! :D

As indicadas:
1- Tamara
2- Thalita
3- Victória
4- Coisas de Amiga
5- Status Glam

domingo, 23 de maio de 2010

Fui vítima da inveja.


Amizade...
Parece tão simples, tão fácil. Basta ser amigo, companheiro, sincero, leal, compreensivo.
Parece simples. O problema é que as pessoas não são simples.
Um sentimento puro, de entrega. De ter a certeza que se você cair, aquele braço vai te puxar. E que se não der pra levantar, vai deitar do seu lado e entender porque você quer ficar ali. E ficar com você.
São tantos seres no mundo, tantas diferenças, milhões de características e, infelizmente, após um tempo, você começa a perceber que nem todas as pessoas sabem o valor de um amigo e a honra que é ter a confiança dele. Não sabem sorrir da sua vitória nem chorar de emoção quando você se supera.
Graças a deus, quando penso que tive minhas decepções depois de tantos anos, sei que não estou sozinha e que sou apoiada por quem realmente importa. Conhece meus defeitos e acima de qualquer coisa, não duvida do meu caráter nem se une a outros pela afinidade em me julgar.
Como? Me pergunto a todo momento... Como uma mente pode criar uma teia tão maquiavélica e como outra pode se unir a essa para ser mais forte. Onde está a consciência? Onde está os reais acontecimentos, os sentimentos, a lealdade?
Você olha para onde chegou e não entende. Por ser transparente, foi tachado de falso (?). Por responder na mesma moeda, foi tachado de impróprio (?). Por conseguir algo, foi tachado de aproveitador (?).
Não é fácil você contar uma novidade praquela pessoa que está junto com você todo tempo e sentir a cara de desprezo que ela te joga. Não é fácil saber o quanto você defendeu por lealdade aquele que hoje te joga as maiores pedras (que hoje já não me atingem porque não são de verdade). Não é fácil ver que quem você confiou... vazou por entre seus dedos, querendo levar o que não podia mais. Não é fácil se deparar com joguinhos infantis e falta de caráter e planos de novela para ver você por baixo.
As pessoas com coração bom, ao verem transparência, se sentiram a vontade. Ao ouvir a resposta no mesmo nível, sentiram respeito. Ao se depararem com a conquista, sorriram juntos, como uma conquista conjunta.
E ao acompanharem comigo a primeira vez que fui vítima da inveja, ousaram me proteger, sem medo de qualquer respingo. E eu os abracei, como forma de dizer "eu também estarei aqui pra você". E os distantes, me pediram pra voltar. Os novos, dei a eles meu coração. Os de outras vidas que sempre me acompanharam apenas não soltaram da minha mão. Os que estavam ao lado, enxugaram minhas lágrimas.
E o mais louco de tudo isso, é que eu adoeci momentaneamente. Até perceber que isso só se faz por amigos. E aqueles que me apunhalaram, não mereciam tamanho crédito.

"E o que me importa, é não estar vencido."

- Nunca deixe de lado os poucos e bons.

Li Harry Potter


Foi em 1999-2000. Ninguém nem sabia o que era Harry Potter, embora o livro tenha sido lançado fora do Brasil em 97. Nem eu. Não fazia a menor idéia...
Mas eu gostava bastante de ler, eu tinha 10 anos e tinha acabado de ler O Mundo de Sofia.
Então, não hesitei em ir a uma livraria pra escolher meu presente de Natal.
Lembro que estava vasculhando tudo, mais ou menos na parte juvenil e me deparei com um caldeirãozinho de papelão com uns cinco livro empilhados. Na capa lia-se: "Harry Potter e a Pedra Filosofal", ainda não com aquela fonte padrão do resto dos seus livros, uma coisa mais Bookman Old Style, sabe? rs
Enfim. Algo ali me encantou. E sinceramente? acho que foi a palavra "filosofal", estava com isso na cabeça, filosofia... e logo quis saber mais...
Bom, eu realmente achei que fosse um livro sobre filosofia. rs É interessante saber que eu comecei a ler o exemplar sem saber do que se tratava, isso torna tudo mais diferente e emocionante.
Logo comecei a me identificar pois o Harry tinha a mesma idade que eu. E quando percebi que não tinha nada a ver com a tal filosofia tive uma impulsiva frustração... de segundos. Até eu começar a ler a próxima frase. E a próxima, e a próxima, e o capítulo e toda aquela história magnífica, bem escrita, coesa. Cheguei ao fim do livro em 3 dias e me apaixonei.
Li todos os livros mais ou menos com a mesma idade, acompanhando o crescimento dele paralelo ao meu.
Sabe, nunca tive esse fanatismo ou participei da Febre HP, da moda, desse universo que se criou e acho que distorceu um pouco do que a história é.
Não é um livro apenas para crianças ou adolescentes. Há passagens nele, onde é preciso muita sabedoria e sensibilidade para entender o sentido por trás, por exemplo, daquela magia de tortura que é imperdoável e pior do que a morte; do beijo do dementador; daquele espelho que nos mostra nosso sonho; do armário que se transforma em nosso medo; no patrono que só é conjurado quando você pensa na coisa mais feliz pra você.
Simplesmente tenho uma grande admiração pela escritora, J.K.Rowling, pois sua obra alem de EXTREMAMENTE envolvente, é coerente, não dá vasão a histórias mal contadas e é quase impossível encontrar uma contradição. São 7 livros e os 7 são igualmente incríveis, ela não perdeu a mão, ela sabia exatamente como tudo terminaria desde o começo, sem ser clichê, sem buscar o final feliz ou vago.
Sem falar na criatividade, todo o mundo que ela criou e as formas de chegar e se viver nele, criando um paradoxo com a realidade que nos faz, as vezes, pensar... "será que pode acontecer comigo?".
O conhecimento da mente humana, da psicologia, explorando os anseios, medos e o que pode haver de mais sofrível em qualquer mundo. Sem receio de lidar com o que fosse, com as palavras certas.
Espero de coração que as próximas gerações tenham contato com essa série e consigam absorver toda a magia e significados que essa história excelente tem pra nos oferecer e que ainda me encantará durante muitos anos...
:)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

coloquei gesso.


Quando a gente é criança tem essa mania de querer quebrar alguma coisa pra ir pra escola de gesso e todo mundo assinar, usar o elevador do colégio, ser paparicado, contar a versão mais impossível sobre seu acidente. Até colocar de verdade , né? Aí não vê a hora de tirar aquela coisa quente, coçante, pesada, trabalhosa... u.u

Enfim, como foi a minha história? Idiota, no mínimo. Pra começar, eu nunca quebrei nenhum membro do corpo. Ok, então pq fui engessada??? Pra largar de ser pentelha.

Eu tinha uns 12 anos e fazia ginástica olímpica, aí tem um movimento lá que chama Rodante Flick [ http://www.youtube.com/watch?v=5UxcutmYelA ] - é isso aí, só que esse cara fez 2 flicks. Aí tava lá treinando toda feliz (aliás, que só pra constar, meu flick era uma merda) e foi aí que aconteceu.
Na hora do tal do flick, meu braço esticou pro lado oposto ao normal e eu não sei o que foi, mas só sei que doeu muito. Aí fiquei mais branca do que já sou e fui (sozinha) pra enfermaria do colégio, morrendo de dor. Cheguei lá e a moça já chamou a ambulância do colégio (taí outra coisa que criança adora - sair de ambulância - puro status). Tentou ligar pra mãe, pai, vó, tia Chris, ninguém... Só a Tia Cássia ouviu o chamado e lá foi, com seu jeitinho SUPER discreto. Entrou na ambulância comigo e como ela mesma diz, já começou a fazer "fuzuê", pediu pra ligar a sirene, a luzinha, enfim. Fui lá e o cara colocou uma mísera gaze no meu braço e diagnosticou a distensão.
Ah, fiquei super frustrada... Como ia escapar das aulas de Ed. Física com aquela faixinha nada a ver?
Minha vó tava internada, então íamos pro hospital todas as noites. E eu ficava dando moh rolê por lá. Até que tive a grande idéia de ir na emergência de ortopedia =) . Fui lá, fiz o maior drama, disse que tava doendo demais, etc, etc, etc.
O cara foi lá e engessou meu braço dos dedos até o ombro .
.
Fiquei meio chocada mas não quis demonstrar. Fui lá fora com a minha mãe, meus olhos marejados e aquele TROÇO pesado que não deixava eu me mexer... POXA, também não tava doendo TAAANTO assim...
Deu cinco minutos e eu comecei a chorar... minha mãe só dizia "Bem feito, quem mandou reclamar?" . Acabei voltando lá e o enfermeiro, já véio de guerra , logo disse : "quer tirar, né? rs". E, magina, ele era super bonzinho, me deu uma lição de moral, mas tirou o gesso com o maior prazer... e eu saí de lá. Tive a experiência de ser engessada e aprendi uma bela lição. hehehe

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tive um gatinho =)


Mas qual foi meu primeiro gatinho?

Eu tinha +- 2 anos... sim, eu me lembro... daquele jeito que lembramos de momentos do começo da infância, são flashs, acho que mais sensações do que imagens reais. É engraçado né? Sempre fico na dúvida se aquela memória aconteceu daquela maneira ou se meu subconsciente é que criou todo um cenário de acordo com meus sentimentos... É, isso nunca saberei.
O que importa é que era de noite na minha lembrança e estava bem escuro, estávamos na sala, na casa da Rua Potengi - eu, papai, mamãe, Polie (RIP) -nosso pintcher - e provavelmente, o Fabrizio (RIP), amigo do meu pai (tio da Jade, por sinal) que morava com a gente... ( sempre tinha alguém morando com a gente... rs)
Enfim, noite escura, nós e lá de fora vem aquele miadiiinho inconfundível. Papi gosta muito de bichinhos e logo foi ver de onde vinha. Abriu a porta e lá estava, pequena, pretinha, olhava, como quem diz: eu escolhi vcs...
Era nossa. Não me recordo de alguma discussão ou dúvida sobre ela ficar ou não, logo foi aceita, alimentada, acariciada e... nomeada? Bem, talvez tenha sido essa minha primeira decepção tb...
Eu queria MUITO que ela se chamasse "Bela" (acho q era por causa dos contos de fada) mas meu pai deu o nome de 'Aghata' . E convenhamos... hoje, acho esse nome BEM mais bonito, aliás, que é um dos meus nomes preferidos: diferente, forte, misterioso, feminino...
E assim era a essência da Aghata, que nos acompanhou durante quase 15 anos.
A gata mais compreensiva e sensível que já tive. Sabia quando eu estava triste, havia amor nos olhos dela e ela cresceu do meu lado.
O estranho é que ela chegou quando a família começava e pouco depois da separação dos meus pais... ela se foi... sumiu, simplesmente assim...
Mas estará pra SEMPRE na minha memória e sinto-a como uma proteção, ela tinha olhos de quem já tinha tido muito mais do que 7 vidas...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Fiz uma tattoo



Sempre quis, desde criança, fazer uma tatuagem, acho lindo, autêntico, estiloso. (requer noção e bom gosto, tb, né? rs). Enfim... e planos não me faltavam. (não me faltam até hoje). O que faltava mesmo era o patrocínio. E fui ensaiando... Tendo idéias, me rabiscando, pesquisando, sonhando...
A primeira vez que fui atrás de verdade, eu devia ter uns 14 anos, na periferia de São Paulo, na companhia da lueca Jade, que já tinha a sua. Era um moqu
ifo e eu escolhi uma fadinha bem clichê. Fiquei de voltar no outro dia.
Juro que não me lembro o porque (mas agradeço muito ao destino), acabei não voltando nunca mais lá...
E continuei nos sonhos... Não tinha medo de dor, nem de me arrepender, nem da minha mãe brigar. Só faltava o dinheiro e a oportunidade.
Aí então, quando eu tinha 16 anos, lá em Ribeirão, fui em um certo tatuador no Centro indicado por um grande amigo dar uma pesquisada...
Bom, nessa época já tinha uma certa preocupação de ser alérgica a tinta, sei lá... e resolvi que faria um pequenina, pra testar, ver como é, essas coisas...
Logo que cheguei lá, uma mulher baixinha com cabelos ver
melhos e cara de ciumenta me atendeu e eu já sabia o que queria: 3 estrelinhas no peito.
Ansiosamente esperei meu horário, e o tatuador chegou. Entrei na sala... (nessas horas a sala fica grande, fria e clara, bem assustadoramente enlouquecedora... rs). Deitei na maca e ele foi me dizendo que não podia respirar na hora que ele colocasse a agulha pq era bem ali no tórax né... E começou a contar que virara evangélico, portanto não tatuava imagens, etc.
Vou ser sincera, não me lembro de quase nada que ele disse. Só ia reparando... no abrir da agulha, a preparação das tintas, a maquininha, UI.
E chegou a hora, a agulha veio chegando, chegando, chegando e começou. De boa, fez cócegas.
E depois de meia hora mais ou menos, estavam prontas minh
as 3 estrelinhas (nas quais fui cobrada uma facada de 70 reais)... E saí toda pirilante, com meu plástico filme colado no meu decote.
Passar pomadinha, limpar, embalar, não coçar, não tomar sol e todas essas recomendações que a gente conhece.
Depois fiz mais 2 tatuagens e tenho muitos planos pela frente.... ;)

Pense nas estrelas localizadas na frente de minhas emoções, veja o véu, onde tantas luzes piscam uma beleza incerta. Olhe ao redor, não há saídas, só espelhos. Pinte de vermelho o planeta que existe mas está tão sem cor... Ele está tão enfraquecido e se sente tão cansado e a desilusão que o acompanha está doente, pesada e deprime. Vai lá, mostra o universo pra ele,
embala o astro na tua dança, transforma a companhia, faz a noite virar dia e não deixa o tempo estagnar enquanto você viaja observando a minha tatuagem de três estrelas...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Trabalhei.


Foi no pior emprego que alguém pode ter. No telemarketing, vendendo livros didáticos. Você, por acaso, compraria um livro didático por telemarketing se você morasse no Piauí??? Era o que eu tinha que fazer, vender esse maldito livro.
Pois sim, vamos ao detalhe inicial: eu ODEIO falar no telefone até com a minha melhor amiga. Eu simplesmente ODEIO mesmo telefone. O que eu fui fazer lá? Sei eu... Precisava trabalhar e foi o que me apareceu.
Fui até com coragem, disposta a ficar... disposta a tentar... um salário bom até, quem sabe. Detalhe: a contratadora me disse: "vc vai receber + 215 reais se não faltar nenhum dia". AHN? Como assim? Já está previsto que eu vou faltar?
Pois é, depois fui descobrir que é raro alguém que fica mais de um mês lá...
Enfim, ela disse "Até amanhã, às 9h!" E lá fui eu, no dia seguinte, as 9h, toda feliz e contente e com sono... Fiquei 2 horas observando as meninas, só. E comecei a ficar com medo. Elas mentiam, puxavam o saco, falavam alto, torravam o saco da pessoa... e a supervisora ainda me dizia: "é assim que tem que fazer viu, Stefanie?"
OI? É assim que tem que ser? Chata? Mal educada? insistente?
As meninas soltavam frases assim: "O que, dona Odete? Seu marido foi embora?? que traste!!", ou "E o senhor comprou um colchão de 2 mil reais? colchão de ouro né! he-he-he" ¬¬
Peeelo amor de Deus, já estava entrando em pânico, quando ela me colocou ao telefone e ficou plantada do meu lado, enquanto eu, constrangidíssima, ligava praquela lista enorme de números... Mas ela se distraía cantarolando uma música religiosa pra lá e pra cá... e eu, surtando já.
Comecei a ligar pras pessoas e dizia assim "Senhor, que horas são agora?" e desligava, contando os segundos praquilo acabar...
Mais tarde, comecei a fingir, ligava pras pessoas e falava com elas , sem me importar com o que respondiam... até elas desligarem na minha cara, e , enquanto do outro lado fazia *TUTUTUTU*, eu dizia: "Isso mesmo senhora, obrigada pela atenção, amanhã te retorno..." com aquela cara de cocô.
O expediente deu fim e era hora do almoço... Disse "até daqui a pouco", fui pra casa e nunca mais voltei lá...

domingo, 28 de março de 2010

Fiz a sobrancelha...


Até uns 15 anos, sempre fui a garota sem auto-estima nenhuma. Me achava o lixo da escória (sente o drama) e, consequentemente, as pessoas a minha volta, acabavam me enxergando assim tb, de tanto que eu as convencia, falando o dia inteiro coisas como "sou feia, sou chata, sou gorda, meu cabelo é ruim...".
A Jade, totalmente oposta a mim, sempre se achou a mais linda, mais tudo, mais perfeita, etc. E se sentia mal quando eu começava com essas babaquices...
Lembro uma vez que ela disse: "Tetty, você tá começando a ficar chata de verdade. Precisa mudar essa postura, pelo menos na minha frente, não repita mais nada de negativo sobre vc mesma, por favor." ok. E nesse mesmo dia ela me perguntou o que eu poderia fazer para ficar melhor, já que eu me achava tão ruim. Pensei, pensei, pensei, observei e respondi algumas coisas, entre elas, tirar a sobrancelha. E ela falou: "Então, minha filha, uma coisa tão simples, faça a sobrancelha, e pronto."
Confesso que me senti um pouco besta, será que era tão simples assim?
Então, um dia estava sozinha em casa, avistei a pinça, avistei o espelho e *PIC* - tirei o primeiro pelinho, fui tirando ali, um outro aqui, uma levantadinha, pic pic pic... e tcham!
Outra cara. Expressão.
Vcs, mulheres, devem estar me entendendo, só nós sabemos o quanto muda a expressão facial fazer a sobrancelha...
E foi assim que a minha caminhada para elevação de auto-estima começou. E assim, aprendi: quando não estou satisfeita comigo, analiso primeiramente meu psicológico, pra saber se o que estou vendo é real ou pode ser embaçado pelo emocional. Depois, vejo como posso melhorar aquilo, se possível, vou em frente... Sempre valorizando o que você tem de melhor. Se está feliz, valorize o sorriso. Está mais instrospectiva? Valorize o olhar... Está nervosa? Faça um ritual, seja maquiagem, massagem, banho... pra tudo há jeito de melhorar!
Hoje, alcancei o objetivo, já faz um bom tempo. Quando olho pro espelho, vejo uma mulher linda e tenho orgulho quando vejo em meu olhar tudo que já passei e aprendi...
=)

Criei um blog.


Acho que foi em 2001, talvez. Deve ser, eu tinha uns 12 anos mesmo... Época de ouro do ICQ, onde eu ainda me dividia entre ficar no site da Barbie ou baixar músicas do Blink no Kazaa... Essa fase é engraçada, a gente não é mais criança, mas ainda não chega a ser adolescente... Não sabe bem o que fazer.
E tem sempre no grupinho aquelas mais populares, que já beijaram, namoram, conhecem a galera mais velha... e os mais nerds (pq nessa época, ser nerd, era ser mais excluído, era o oposto de ser pop, não era um estilinho geek como é hoje em dia rs).
Enfim, viajando nas lembranças, tenho que falar do meu primeiro blog. Se chamava Garotas Perfeitas, e não se iludam, era pq realmente nos achávamos perfeitas, eu e minhas irmãs, a Jade e a Maite (q nem sabia o que se passava no auge dos seus 7 anos... rs) E ele era repleto de figurinhas 'bacanas' que brilhavam e mudavam de cor, com frases do tipo "A sua inveja é a velocidade do meu sucesso" haha, e a gente ainda achava que isso era status!!! Depois ficamos independentes, eu tinha o meu blog EHKENTI e ela tinha o dela JAHPRINCESS , ótimos nomes, né? rsrsrs
Mas era assim mesmo, o auge dos meus 12 anos... =)