terça-feira, 8 de junho de 2010

Fiz Cookies de Ovomaltine =)

Fiz hoje. Uhmm...
Olha... Eu nunca fui de cozinhar, passo longe de um fogão, conheço todas as marmitarias da cidade, sabe? Sou fã de pizza, McDonald's e miojo... Típico .
Mas assim, de vez em quando (ou em nunca, talvez) eu gosto de procurar receitinhas de doces na net pra fazer.
Fazer doces é meio terapêutico, não sei... Você se sente útil e quem comer e gostar sempre vai dizer "nossa, que gostoso". Você vai adoçar a vida de alguém... E se não for de ninguém, a sua mesmo, oras!
E sempre que faço, normalmente é quando estou sozinha em casa, a tarde - posso sentir o cheiro dessa situação. É, ela tem um cheiro próprio... até os tons das cores do dia ficam com uma aparência diferente. E é um momento só meu... eu penso, eu sento, eu fico lembrando...
E fazer biscoitos... eu adoro. O cheirinho de forno, eles saindo quentinhos. Ah, vai.. biscoito caseiro é muuuito + gostoso. Sempre que assisto filmes e seriados americanos fico morrendo de vontade...
Quando assisto Friends então... e a Monica faz biscoitos... haha, ainda vou fazer aqueles biscoitões da Monica... rs!

Enfim, os cookies ficaram uma delícia e prontos em menos de meia hora... muito práticos, facinho de fazer e muito gostosos! ADOREI!
A receita? Roubei lá no site do Ovomaltine mesmo =)

Agora com licença, que vou terminar de devorá-los... nham!

Beijinhos :*

sábado, 5 de junho de 2010

mudei de colégio.



Quando eu tinha uns 3 anos, minha mãe me colocou na escolinha. Chamava Convivência. Mas não fiquei muito tempo por lá e logo com 4 anos, entre no Jardim 2 no Colégio Emilie de Villeneuve. Teoricamente seria essa a minha primeira experiência mas como não me lembro dela, devo passar para a segunda vez que mudei de colégio, que na prática, é como se tivesse sido a primeira. E não me critiquem por estar sendo contraditória, já que as sensações que senti que resumem as minhas experiências. E definitivamente, mudar de escola aos 4 anos não foi nada marcante.Mas aos 14... foi bem difícil.
Pois bem.
É isso aí. Foram 10 anos na mesma escola. Dez anos em que vi alunos novos chegarem e antigos saírem. Dez anos em que andei e desvendei cada pedacinho daquele lugar, de forma que até ontem mesmo, sonhei com ele.E sempre passei muito tempo lá... Eu nunca fiz período integral, não... Simplesmente chegava lá muito cedo e ia embora muito tarde, na liberdade de explorar... E eu tinha meus companheirinhos de sáfari. A primeira, me lembro, foi a Mariana... A gente estudava a tarde e fazia ginástica de manhã, mas chegava + cedo ainda só pra poder ir escondido num caminhozinho que tinha por trás do mato. A gente dava comida pros gatinhos que nasciam por lá... E depois da aula, que acabava as 17:30, ficávamos até umas 8h da noite brincando pelos lugares que eram "proibidos"... Afinal, a escola era cheia de regras, cheia de inspetores... A Rita, meu Deusss, como eu queria que ela explodisse... rs.. ela estava sempre embaçando minhas explorações e brincadeiras! Lembro que ela ficava ali na porta do pátio de olho pra que a gente não fugisse e descesse lá pro mato... Mas a gente ficava de butuca e com cautela esperávamos até que ela deslizasse um pouco o olhar pro outro lado e saíamos correndo lá pra baixo, e tinha que passar pelo outro inspetor, depois pelo guardinha e finalmente pelas professoras da pré-escola, esperávamos elas irem embora e brincávamos no parquinho.
Afinal, até hoje não entendo: depois dos 7 anos já não temos o direito de escorregar? de balançar? de entrar nas casinhas? poxa, continuamos crianças e eu não me conformava de ser proibida de brincar, de cuidar dos bichinhos...
Enfim, embora isso tenha sido muito marcante pra mim, se eu começar a descrever meus 10 anos de vivência lá, imagina o tamanho que isso vai ficar.

O que aconteceu foi o seguinte: Faço parte da nova classe social que veio surgindo de uns tempos pra cá, os Neo-pobres.
E isso foi crucial, porque já tinha uns 12 anos quando isso começou a acontecer, mas minha família foi tentando levar, tentando dar jeito... A verdade é que mudei de escola por falta de grana, porque tava devendo... E isso foi complicado.
Essa escola era de um nível + alto e a maioria das pessoas, principalmente com 12, 13 anos era extremamente materialista, sem nem se dar conta disso... tanta patricinha e eu.. eu me encaixava ali, eu não tinha mesmo muita noção de valores humanos... era bem mais preocupada em ter os tênis que estavam na moda... entende?
Então, sair de lá, por falta de dinheiro... foi um baque grande, até porque eu não tinha noção desse valor e tive períodos difíceis de aceitação. Era minha vida inteira sendo deixada pra trás, implicava em deixar meus amigos, minha rotina, a ginástica, os professores, o meu segundo lar, onde eu passei minha infância inteira.
E já em 2004, uma semana antes das aulas começarem, eu fui matriculada em outro colégio, perto de casa... o Anhembi Morumbi. Era tão pequenino, verde, com poucas salas, poucos funcionários... foi um susto e eu cheguei ali torcendo o nariz... Lembro que reparei nas meias das meninas! imagine... como elas usavam AQUELAS meias...??
E tinha a menina que se achava estilosa, o escandaloso que se achava descolado, a menina que achava que era hippie, a nerd que me detestava...
E o tempo passou... e eu me despi de todo aquele materialismo ridículo que tinha no meu coração frio e comecei a dar valor a cada pequena conquista, não me importava estar na moda, mas sim, ter estilo e estar vestida. Não me importava conversar com quem era top, mas com quem era amigo...
E logo conheci a menina + confiável, estilosa, que eu tive a maior sintonia do mundo. O garoto que me fazia penteados e que nunca esteve do meu lado sem eu estar sorrindo. Aquele doce de menina que cantava comigo e lembrava a Phoebe. A menina inteligente que passou 8 horas seguidas conversando comigo até perder a voz...
Pessoas que hoje estão longe fisicamente de mim, mas que me fazem tanta falta. As pessoas mais simples e alegres e companheiras que eu conheci...
Foi na formatura deles, no 3° colegial que eu fui e me emocionei, embora já tivesse saído de lá.

E essa foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida...
Mudar de colégio.