sábado, 23 de outubro de 2010

Me amei de verdade.

Com esse título logo me vem a mente, aquele textinho "Quando Me Amei de Verdade".

Mas vamos à historinha...
Eu sempre tive uma auto-estima péssima quando era adolescente... até uns 14 anos. Pra mim elogio era zuera com a minha cara, sair com as amigas era me humilhar e me olhar no espelho era triste.
Engraçado que nessa idade a maioria das meninas tem esse tipo de problema... Umas se acham gordas, outras, sem peito, nariguda, cabelo ruim... Enfim, é aquela história: ninguém nunca está satisfeito.
Mas a minha irmã, ao contrário de mim, se achava (de verdade) mais bonita que a Gisele Bündchen, e não era esnobe não... era simplesmente, feliz. E acreditem: muitos a achavam realmente mais bonita que a Gisele, porque vinha de dentro. Ela fazia sucesso onde quer que fosse, porque criou brilho próprio ao valorizar-se.
Imaginem como era um tormento pra mim sair ao lado dela, e éramos unha e carne. Mas ela também ficava chateada de eu me subestimar tanto e sempre tentava me ajudar.
Um certo dia ela me deu uma baita bronca, disse que eu já estava ficando chata, pois ninguém podia dizer que meu cabelo estava bonito por exemplo que eu logo soltava algo do tipo:
"Ah, também, depois de passar 3 horas passando creme, pelo menos um pouco aceitável ele tinha que ficar, apesar que tá ruim ainda."
¬¬
Bad, né?
Quando ela meio que me alertou pra essa "chatisse", foi como se eu tivesse me visto falando essas coisas e pensei: "po, alem de feia ainda sou chata pra caramba quando só falo disso" e resolvi parar. de falar, pelo menos né.
Era difícil me controlar, mas eu fui indo. E me cuidando, aprendendo a valorizar os pontos fortes que eu tinha.
Não foi fácil, mas foi como um click. Eu percebi que eu , o tempo inteiro, ficava convencendo as pessoas de que eu era tão feia como eu pensava, aí elas começavam a reparar e acabavam concordando.


Mas o que acontece é que o que você transmite é captado ao seu redor, transmita coisas boas, pontos positivos. Convença as pessoas que você é belo. Brilhe.
O processo de recuperar a auto-estima não foi do nada, levou um tempo. Mas com 16, 17 anos eu já era feliz, já não me procupava com essas coisas, e o mais importante, aprendi a simplesmente agradecer quando alguém me elogia.

Façam isso, mulheres, meninas, homens: Quando alguém te elogia, apenas diga "Obrigada (o)!"

Hoje agradeço e acho até graça de pensar como sou satisfeita e como amo a mim mesma, mesmo com meus problemas e defeitos, pois sei lidar com eles, são meus. E acompanham um pacote de pontos positivos que eu adoro.
Claro que penso que podia ser mais as vezes, e quando penso assim, vou atrás de ser o que tô querendo no momento.

É engraçado, tem dias que não estou tão bem assim, mas aprendi a me gostar tanto que penso: "ah, eu não devo estar feia, só devo estar encanada. rs" e saio, despreocupada.

Até li ontem na Gloss n°37, o primeiro texto da Marisa Orth para a revista - "Beleza Já". Fala sobre isso.
E ela encerra assim:
"...Tento lançar um grito de retroativo de aproveitem-se, amem-se, saibam que estão bem na foto, sim - se você é gordinha, a banha está durinha; se é muito magra, a pele está incrível; se o cabelo é crespo, ele brilha a beça. "


VALORIZEM-SE!

Um comentário:

É a primeira vez que vem aqui? ;)