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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Achei que tava tudo muito complicado...

Na oportunidade de aprender com a dor.


A primeira de todas as primeiras vezes... ? Acho que foi aprender a letra S cursiva, maiúscula e minúscula. Foi a primeira vez que achei que não fosse conseguir... O desespero maior se deu porque eu simplesmente não conseguiria vive sem a letra S, afinal, meu nome inicia com S. E tem mais S pelo meio. E se eu não aprendesse o S? Como poderia assinar, escrever, me identificar? Será que eu teria que mudar de nome e sobrenome?
Mas como toda a dificuldade que parece nos sufocar em certos momentos, o tempo, a paciência e o treino me ensinaram a fazer o S...

Depois veio a prova de matemática na 3ª série. Eu não tinha pra onde fugir e tudo parecia correto... por que a conta não chegava naquele resultado?? Por quê??? E tava faltando de novo a paciência... Mais que isso: faltava olhar as coisas por outro ângulo. Minha doce professora (oh, primário), quando sentiu meu desespero, encostou do meu lado e apontou para o espaço da unidade. Era só isso, estava colocando os números no lugar errado.

Durante a vida, a gente coloca muitos números, muitas coisas e, principalmente, pessoas, no lugar que não é delas... E perde um tempo precioso - mas depois nunca mais esquecemos onde é de fato, o lugar certo... embora muitas vezes mudem de lugar, ou até percam o seu.

Usei na minha vida muitas vezes a frase "não consigo". Levava bronca na Ginástica Olímpica. Minha professora sempre dizia que eu continuaria fazendo do jeito que minhas palavras diziam. Ou seja, eu não conseguiria nunca mesmo, enquanto tornasse a repetir este traiçoeiro mantra. E ela tinha razão... passei anos tentando fazer certo movimento, e somente quando acreditei e me vi fazendo, consegui. E já era tão tarde... Foi no meu último ano.

A gente perde tanto tempo tapando os olhos com a falta de confiança e não consegue olhar pra frente, aquela frente onde o tempo já resolveu as coisas pra nós... e acena, nos chamando. Mas não vemos.Li uma vez, num desses livrinhos de Dalai Lama... ele dizia que a vida está aí para termos problemas mesmo, quando um acaba já está o próximo esperando na fila. Porque somos guerreiros nessa Terra, nessa existência... e nossa missão é manter a cabeça livre e limpa, para dar abertura a paciência e assim poder solucionar nossos indigestos problemas - sejam os de matemática, sejam os que te afligem agora.

A conta no banco chora, te chama, venda seus olhos... te faz esquecer uma porção de coisas. Mas embora, quase tudo nesse mundo seja pago, a cash ou a crédito... na maioria das vezes, quando deixamos as alegrias, a família, o amor, a sorte, a saúde, os bichos de estimação, a comida - que mesmo pouca, está no prato -, o teto - que está descascado mas está firme -, quando deixamos tudo isso em segundo e terceiro planos... porque o dinheiro - a falta dele- está nos cegando e nos esgotando...

...é porque já é hora de mudar os números de lugar.




sábado, 4 de dezembro de 2010

Senti a dança do ventre


Quando eu era mais novinha e fazia ginástica olímpica, a gente fazia umas apresentações estilo jazz e eu era tão tímida, mas tão tímida que não me soltava e acabava sempre ficando na última fila no canto pq dançava maal, era contida...
Até lembro que levei uma bronca na frente de todo mundo falando que eu dançava igual uma morta e fiquei morrendo de vergonha, eu devia ter uns 11 anos...
Mas depois que saí da ginástica, levei comigo a bronca, que ficou guardada e resolvi que eu não queria nunca mais me sentir "humilhada" de novo. E trabalhei isso. Tímida, continuei sendo, sou.
Mas aprendi que o palco é um mundo paralelo, onde você pode ousar e ser o que quiser e mais ainda, um lugar de liberdade.
Aprendi também, por mim mesma, que é melhor errar com um sorriso no rosto do que fazer tudo certo com a cara amarrada.
E participei de algumas apresentações de colégio, teatros, seminários e decidi que eu realmente gostava de me apresentar...

Alguns anos se passaram e eu cheguei na cidade em que moro hoje. Já chegando, passando de carro, bati o olho numa placa que estava escrito "Aulas de Dança do Ventre" e como um momento, fixou em minha mente... e ficou guardado, mas vivo.
Acabei indo lá com a minha cunhada certo dia... Dança do ventre.. nunca tinha pensado nisso, mas é bonito, né? Tem algo de esotérico...
No começo foi meio complicado, era suuuper travada, quadril, peito, barriga... tem que dividir tudo e eu mal conhecia meu corpo...
Mas fomos ficando e aprendendo e entre nossa turma de iniciantes, até que levávamos um jeitinho.
A primeira vez que apresentei, tinha uns 4 meses de dança só, mas arriscamos... foi gostoso... Depois dançamos no shopping e fomos aceitando dançar em todos os lugares, estávamos muito empolgadas com o desenvolvimento dos nossos passos...

E o conhecimento é parte do aprendizado. Antes de começar eu achava que dança do ventre era só aquilo mesmo e ponto.
Mas há tanta história, tanta tradição... Tantos estilos diferentes... Idéias novas, canções antigas, objetos, significados... é preciso anos e anos pra chegar ao quase domínio de tudo que está envolvido.


Não sou boa. Ainda tenho TANTO pra aprender que não dá nem pra listar... mas já sou apaixonada...
Há momentos em que me sinto uma vassoura de tão dura... tem dias que os braços não erguem, o quadril não treme nem com ab-tronic... acontece.

Mas há dias... em que eu acordo... assisto um vídeo, ouço uma música, bordo um figurino... e aquela essência me domina, a batida sobe no corpo, o violino invade cada curva, o som do derbak... vai baixando a dançarina que existe aqui dentro e dá vontade de dançar, de girar... de tremer, suar...
de sorrir.

Hoje não tenho mais vergonha... muito menos, medo de errar... embalo tudo na expressão, uma dançarina que dança com vontade contagia o mundo...
Eu posso não dominar todas as técnicas, não ter um corpo perfeito, braços delicados... mas tenho essa força no meu coração.
Sei transformar a melancolia em movimento e o movimento em vida.

Eu danço!

Pra assistir : "Tudo o que Lola quer" :: Assisti por esses tempos e reacendeu ainda mais... amei o filme! E já começamos nossa próxima criação...

sábado, 23 de outubro de 2010

Me amei de verdade.

Com esse título logo me vem a mente, aquele textinho "Quando Me Amei de Verdade".

Mas vamos à historinha...
Eu sempre tive uma auto-estima péssima quando era adolescente... até uns 14 anos. Pra mim elogio era zuera com a minha cara, sair com as amigas era me humilhar e me olhar no espelho era triste.
Engraçado que nessa idade a maioria das meninas tem esse tipo de problema... Umas se acham gordas, outras, sem peito, nariguda, cabelo ruim... Enfim, é aquela história: ninguém nunca está satisfeito.
Mas a minha irmã, ao contrário de mim, se achava (de verdade) mais bonita que a Gisele Bündchen, e não era esnobe não... era simplesmente, feliz. E acreditem: muitos a achavam realmente mais bonita que a Gisele, porque vinha de dentro. Ela fazia sucesso onde quer que fosse, porque criou brilho próprio ao valorizar-se.
Imaginem como era um tormento pra mim sair ao lado dela, e éramos unha e carne. Mas ela também ficava chateada de eu me subestimar tanto e sempre tentava me ajudar.
Um certo dia ela me deu uma baita bronca, disse que eu já estava ficando chata, pois ninguém podia dizer que meu cabelo estava bonito por exemplo que eu logo soltava algo do tipo:
"Ah, também, depois de passar 3 horas passando creme, pelo menos um pouco aceitável ele tinha que ficar, apesar que tá ruim ainda."
¬¬
Bad, né?
Quando ela meio que me alertou pra essa "chatisse", foi como se eu tivesse me visto falando essas coisas e pensei: "po, alem de feia ainda sou chata pra caramba quando só falo disso" e resolvi parar. de falar, pelo menos né.
Era difícil me controlar, mas eu fui indo. E me cuidando, aprendendo a valorizar os pontos fortes que eu tinha.
Não foi fácil, mas foi como um click. Eu percebi que eu , o tempo inteiro, ficava convencendo as pessoas de que eu era tão feia como eu pensava, aí elas começavam a reparar e acabavam concordando.


Mas o que acontece é que o que você transmite é captado ao seu redor, transmita coisas boas, pontos positivos. Convença as pessoas que você é belo. Brilhe.
O processo de recuperar a auto-estima não foi do nada, levou um tempo. Mas com 16, 17 anos eu já era feliz, já não me procupava com essas coisas, e o mais importante, aprendi a simplesmente agradecer quando alguém me elogia.

Façam isso, mulheres, meninas, homens: Quando alguém te elogia, apenas diga "Obrigada (o)!"

Hoje agradeço e acho até graça de pensar como sou satisfeita e como amo a mim mesma, mesmo com meus problemas e defeitos, pois sei lidar com eles, são meus. E acompanham um pacote de pontos positivos que eu adoro.
Claro que penso que podia ser mais as vezes, e quando penso assim, vou atrás de ser o que tô querendo no momento.

É engraçado, tem dias que não estou tão bem assim, mas aprendi a me gostar tanto que penso: "ah, eu não devo estar feia, só devo estar encanada. rs" e saio, despreocupada.

Até li ontem na Gloss n°37, o primeiro texto da Marisa Orth para a revista - "Beleza Já". Fala sobre isso.
E ela encerra assim:
"...Tento lançar um grito de retroativo de aproveitem-se, amem-se, saibam que estão bem na foto, sim - se você é gordinha, a banha está durinha; se é muito magra, a pele está incrível; se o cabelo é crespo, ele brilha a beça. "


VALORIZEM-SE!

domingo, 28 de março de 2010

Fiz a sobrancelha...


Até uns 15 anos, sempre fui a garota sem auto-estima nenhuma. Me achava o lixo da escória (sente o drama) e, consequentemente, as pessoas a minha volta, acabavam me enxergando assim tb, de tanto que eu as convencia, falando o dia inteiro coisas como "sou feia, sou chata, sou gorda, meu cabelo é ruim...".
A Jade, totalmente oposta a mim, sempre se achou a mais linda, mais tudo, mais perfeita, etc. E se sentia mal quando eu começava com essas babaquices...
Lembro uma vez que ela disse: "Tetty, você tá começando a ficar chata de verdade. Precisa mudar essa postura, pelo menos na minha frente, não repita mais nada de negativo sobre vc mesma, por favor." ok. E nesse mesmo dia ela me perguntou o que eu poderia fazer para ficar melhor, já que eu me achava tão ruim. Pensei, pensei, pensei, observei e respondi algumas coisas, entre elas, tirar a sobrancelha. E ela falou: "Então, minha filha, uma coisa tão simples, faça a sobrancelha, e pronto."
Confesso que me senti um pouco besta, será que era tão simples assim?
Então, um dia estava sozinha em casa, avistei a pinça, avistei o espelho e *PIC* - tirei o primeiro pelinho, fui tirando ali, um outro aqui, uma levantadinha, pic pic pic... e tcham!
Outra cara. Expressão.
Vcs, mulheres, devem estar me entendendo, só nós sabemos o quanto muda a expressão facial fazer a sobrancelha...
E foi assim que a minha caminhada para elevação de auto-estima começou. E assim, aprendi: quando não estou satisfeita comigo, analiso primeiramente meu psicológico, pra saber se o que estou vendo é real ou pode ser embaçado pelo emocional. Depois, vejo como posso melhorar aquilo, se possível, vou em frente... Sempre valorizando o que você tem de melhor. Se está feliz, valorize o sorriso. Está mais instrospectiva? Valorize o olhar... Está nervosa? Faça um ritual, seja maquiagem, massagem, banho... pra tudo há jeito de melhorar!
Hoje, alcancei o objetivo, já faz um bom tempo. Quando olho pro espelho, vejo uma mulher linda e tenho orgulho quando vejo em meu olhar tudo que já passei e aprendi...
=)