segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tive um gatinho =)


Mas qual foi meu primeiro gatinho?

Eu tinha +- 2 anos... sim, eu me lembro... daquele jeito que lembramos de momentos do começo da infância, são flashs, acho que mais sensações do que imagens reais. É engraçado né? Sempre fico na dúvida se aquela memória aconteceu daquela maneira ou se meu subconsciente é que criou todo um cenário de acordo com meus sentimentos... É, isso nunca saberei.
O que importa é que era de noite na minha lembrança e estava bem escuro, estávamos na sala, na casa da Rua Potengi - eu, papai, mamãe, Polie (RIP) -nosso pintcher - e provavelmente, o Fabrizio (RIP), amigo do meu pai (tio da Jade, por sinal) que morava com a gente... ( sempre tinha alguém morando com a gente... rs)
Enfim, noite escura, nós e lá de fora vem aquele miadiiinho inconfundível. Papi gosta muito de bichinhos e logo foi ver de onde vinha. Abriu a porta e lá estava, pequena, pretinha, olhava, como quem diz: eu escolhi vcs...
Era nossa. Não me recordo de alguma discussão ou dúvida sobre ela ficar ou não, logo foi aceita, alimentada, acariciada e... nomeada? Bem, talvez tenha sido essa minha primeira decepção tb...
Eu queria MUITO que ela se chamasse "Bela" (acho q era por causa dos contos de fada) mas meu pai deu o nome de 'Aghata' . E convenhamos... hoje, acho esse nome BEM mais bonito, aliás, que é um dos meus nomes preferidos: diferente, forte, misterioso, feminino...
E assim era a essência da Aghata, que nos acompanhou durante quase 15 anos.
A gata mais compreensiva e sensível que já tive. Sabia quando eu estava triste, havia amor nos olhos dela e ela cresceu do meu lado.
O estranho é que ela chegou quando a família começava e pouco depois da separação dos meus pais... ela se foi... sumiu, simplesmente assim...
Mas estará pra SEMPRE na minha memória e sinto-a como uma proteção, ela tinha olhos de quem já tinha tido muito mais do que 7 vidas...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Fiz uma tattoo



Sempre quis, desde criança, fazer uma tatuagem, acho lindo, autêntico, estiloso. (requer noção e bom gosto, tb, né? rs). Enfim... e planos não me faltavam. (não me faltam até hoje). O que faltava mesmo era o patrocínio. E fui ensaiando... Tendo idéias, me rabiscando, pesquisando, sonhando...
A primeira vez que fui atrás de verdade, eu devia ter uns 14 anos, na periferia de São Paulo, na companhia da lueca Jade, que já tinha a sua. Era um moqu
ifo e eu escolhi uma fadinha bem clichê. Fiquei de voltar no outro dia.
Juro que não me lembro o porque (mas agradeço muito ao destino), acabei não voltando nunca mais lá...
E continuei nos sonhos... Não tinha medo de dor, nem de me arrepender, nem da minha mãe brigar. Só faltava o dinheiro e a oportunidade.
Aí então, quando eu tinha 16 anos, lá em Ribeirão, fui em um certo tatuador no Centro indicado por um grande amigo dar uma pesquisada...
Bom, nessa época já tinha uma certa preocupação de ser alérgica a tinta, sei lá... e resolvi que faria um pequenina, pra testar, ver como é, essas coisas...
Logo que cheguei lá, uma mulher baixinha com cabelos ver
melhos e cara de ciumenta me atendeu e eu já sabia o que queria: 3 estrelinhas no peito.
Ansiosamente esperei meu horário, e o tatuador chegou. Entrei na sala... (nessas horas a sala fica grande, fria e clara, bem assustadoramente enlouquecedora... rs). Deitei na maca e ele foi me dizendo que não podia respirar na hora que ele colocasse a agulha pq era bem ali no tórax né... E começou a contar que virara evangélico, portanto não tatuava imagens, etc.
Vou ser sincera, não me lembro de quase nada que ele disse. Só ia reparando... no abrir da agulha, a preparação das tintas, a maquininha, UI.
E chegou a hora, a agulha veio chegando, chegando, chegando e começou. De boa, fez cócegas.
E depois de meia hora mais ou menos, estavam prontas minh
as 3 estrelinhas (nas quais fui cobrada uma facada de 70 reais)... E saí toda pirilante, com meu plástico filme colado no meu decote.
Passar pomadinha, limpar, embalar, não coçar, não tomar sol e todas essas recomendações que a gente conhece.
Depois fiz mais 2 tatuagens e tenho muitos planos pela frente.... ;)

Pense nas estrelas localizadas na frente de minhas emoções, veja o véu, onde tantas luzes piscam uma beleza incerta. Olhe ao redor, não há saídas, só espelhos. Pinte de vermelho o planeta que existe mas está tão sem cor... Ele está tão enfraquecido e se sente tão cansado e a desilusão que o acompanha está doente, pesada e deprime. Vai lá, mostra o universo pra ele,
embala o astro na tua dança, transforma a companhia, faz a noite virar dia e não deixa o tempo estagnar enquanto você viaja observando a minha tatuagem de três estrelas...